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Luís Filipe Parrado. A árvore impossível

Há muito que o Ocidente nos conduz numa perpétua excitação do olhar. Educando-nos na procura do frenesim, confirmando-nos na certeza da representação. Desde o começo da era moderna que uma desenfreada construção de fachadas, de exteriores, de ilusões, tornou o mundo num gigantesco museu. Mas as musas voaram, assim que as tentaram emparedar. O entusiasmo da multiplicação, a descoberta da reprodução industrial coincidiu com a suspeita deste abandono. O espírito museológico foi-se fortalecendo quanto mais evidente era o cadáver que mostrava. Hoje, pouca coisa escapa à fúria dos guias que dão papas a comer aos mortos. No entanto, os festivais continuam, espalham-se pelas praças e jardins, qualquer lugar é bom para a mumificação. O desejo de transparência, de imediatez, impossibilita uma relação erótica com a arte. Neste museu, calcular, acumular, gerir, planear é aumentar a miséria dos dias. O excesso resulta num definhar dos sentidos. Os objectos puídos, rasos, adequados à percepção afuni

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