Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Apresentados

A porteira que se cansou de estar de pé e preferiu receber na cama

Em inícios de dezembro, este mês inclinado, e que nos surge à porta embalado e acondicionado em esferovite, com instruções para cada um o montar e mais logo o descartar com o pinheiro e as luzes, quando for conveniente, antecipam-se os balanços, dispõe-se em regime de feira aquilo que se diz ser um horizonte, sempre tão mal-enjorcado, como se a vida fora um recibo mal selado. Vêm-nos com listas, destaques, numa manobra publicitária para ir a tempo das compras de Natal, e num regime de montra que mereceria antes ser designado como “saldos do ano acabado”. É um processo de obliteração das hipóteses que nos demos de suspender esta fuga esgotante, esta precipitação em direcção à coisa seguinte. Na verdade, ninguém se guarda para esta altura na expectativa de ter sobressaltos, antes, quem vive distraído, procura iludir-se com uma possibilidade de desforra. É também mais por culpa de quem nunca admite um reverso do cenário lógico que, no caso da poesia, não se discutindo as suas investigaçõe...

Mensagens mais recentes

Zeca Afonso. “Um redondo vocábulo, uma soma agreste”

Joaquim Castro Caldas. O firmamento clandestino dos poetas menores

Luís Filipe Parrado. A árvore impossível

Para o engenheiro Robert Musil, com admiração: alguns comentários cronológicos

Jim Harrison. Devolver os sonhos à terra