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O detalhismo, o horror e a paciência do leitor

Deus está nos detalhes, alguém disse, e por vezes desejamos que nunca o tivesse feito. Para quem não se importe com o realismo endémico por terras dos anglofalantes, e até admire, como é caso deste que escreve, as sinuosidades das fintas de Bellow, Foster Wallace ou McCarthy, dadas na dança de cumprirem a receita escapando a ela, talvez a definição de romance possa passar por expressões como “a acumulação sábia detalhes " ou " uma declinação engenhosa de pormenores” (definições que inventámos agora, mas nos parecem adequadas). É verdade que as grandes construções impressionam, mesmo que delas não se tire senão uma espécie de vertigem, que vem tanto da distância ela mesma como do cansaço vencido em a termos percorrido. Mas o paroxismo destas formas é perigoso, como é perigoso transportarmos objectos avulso por uma rampa sem nos atermos ao seu peso ou à multiplicidade das suas formas: um descuido pequeno e achamo-nos de novo ao fundo da inclinação, dessa vez misturados ao gume

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